quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aos Padrinhos...

Texto que escrevi de presente aos padrinhos no suposto (hehehe) batizado da minha filha...

Madrinha, nos primórdios da religião, queria dizer “a mãezinha responsável pelo desenvolvimento espiritual”, ou seja, era dela a tarefa de encaminhar a criança para o caminho da fé e do transcendental.
Por isso madrinha, venho pedir-te alguns favores. Ensina-me aquilo tudo que puder, mas especialmente:

Ensina-me as faculdades. Não aquelas do diploma e do papel. Ensina-me a faculdade de pensar, refletir e raciocinar sobre minha existência, de aprender a aprender aquilo tudo que eu puder e de decidir sobre minha vida com maestria e sabedoria. Ensina-me a faculdade do saber.

Ensina-me a disciplina e a paciência. A disciplina que me leva adiante com os meus objetivos e a paciência para vê-los sendo alcançados por mim; uma inteligente paciência e uma paciente inteligência. Ensina-me, por conseqüência, a habilidade de gerar aquilo que desejo; o que defino como PODER. Ensina-me também a capacidade de conquistar estes desejos; o que por definição trato como SUCESSO.

Ensina-me a arte de amar. Ensina-me a desenvolver meu amor a suficiente grau que eu possa incluir muitas pessoas em minha vida, para que me acrescentem. Mas que esse amor seja também por mim mesmo tão verdadeiro e honesto, que me dê o direito de excluir algumas delas. Porém, ensina-me a ser eternamente responsável por quem houver de cativar. E que nunca me esqueça que devo, racionalmente e responsavelmente, mas nunca incondicionalmente, perdoar.

Ensina-me a ser íntegra. Ajuda-me a eliminar crenças e preconceitos que me limitem e que limitem minha prosperidade, mas ensina-me a ser suficientemente íntegra a ponto de ser eu mesma (a mesma pessoa) por toda a minha vida. Além disso, ensina-me a ser capaz, e tão capaz em tudo que eu fizer, que isso me dê o direito de ser honesta.

Ensina-me a ser grata pela vida e, claro, por Deus. Ensina-me Deus não como todo mundo espera de nós, mas como eu o sentir presente e vivo em minh’alma e em meu coração. Ensina-me inclusive a questioná-lo, tornando assim minha fé ainda mais viva e forte, porque daí então estarei tão certa da verdade de Deus que isso suportará quaisquer dos meus questionamentos.

Ensina-me a ser coerente.  Mostre-me como é ser coerente entre aquilo que penso, aquilo que digo e aquilo que faço, para que eu possa um dia ser exemplo de vida; como hoje tu és para mim. Mas, principalmente, que eu possa ter a mente calma, quando é justo a coerência a responsável por aquietar a mente humana.

Ensina-me a solitude. Diferente de solidão. Ensina-me a solitude como a arte de estar em contato comigo mesma e com meu íntimo, meus pensamentos e devaneios, para que eu me conheça tão bem e profundamente a ponto de me amar incondicional e verdadeiramente.

Ensina-me a ter comigo mesma um compromisso  inabalável de ser feliz. Ensina-me a nunca lançar minha vida e minha felicidade ao destino ou colocá-las nas mãos de alguém. Ensina-me a tornar-me responsável, eu mesma, pela minha felicidade.

Ensina-me a viver sonhando, como a única coisa que move verdadeiramente o ser humano. E mais, ensina-me a, sob hipótese alguma, desistir daquilo que sonhei. Ensina-me isso tão bem a ponto de ter o dever de sonhar e modificar esses sonhos sempre que eu desejar; ensina-me a ser flexível comigo mesma o suficiente para me aceitar incondicionalmente, até que as mudanças sejam feitas.

Madrinha, por fim, te faço dois últimos pedidos: ensina-me que, em qualquer lugar a qualquer tempo as pessoas sempre serão muito mais importantes que as coisas. E ensina-me que daqui por diante, aconteça o que acontecer, uma coisa eu sempre deverei ter em minha mente; a consciência exata de que eu nunca vou me abandonar!

Espero assim, Madrinha, que ao fim da vida eu possa olhar para o lado e estar cercado apenas daquilo e daqueles que me interessam, e que eu consiga achar aquela pequena porção de paz que todos procuram, mas poucos conseguem encontrar chamada FELICIDADE!

                                               Obrigado por fazer parte disso tudo Madrinha, eu amo você,
Gabriela.

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