segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O GRITO E O RESTO

Aos deuses, por tudo que fui,
nada tenho que agradecer...
Aos homens, por quem me construí,
resta só angústia e abrasão...
Aos pais, de quem eu me vi,
sobrou o espelho e a ilusão...
Aos filhos, pra quem me servi,
e me assistiram perecer...

Hoje restou dos deuses a falácia, dos homens a desgraça, dos pais a parafernalha que aos filhos foi ditada.
Só resta um sopro pra nós; um único suspiro para todos nós... um único algoz... a solitária voz, que ainda insistem em renegar.
Porque em silêncio estamos mortos na verdade da consciência. Mas se eu grito, tú gritas e ele grita, então nós mudamos, vós mudais e todos eles mudam!
(Felipe Amorim - dez/2011)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estamos ou não numa MATRIX?

Pense também no texto, mas principalmente nas possibilidades sobre o que vai ler a seguir...

"Parabéns, você é o novo programador da Matrix! Ouça agora instruções para uso e segurança. Tudo que podemos controlar daqui é real para os participantes. Você pode criar cada situação do cotidiano, de maneira que para eles tudo soará natural. Somos capazes de forjar lembranças, vínculos e histórias. O programa é alimentado por desejos e sentimentos reais que acontecem no íntimo dos humanos. Eles permanecem sedados em nossas colônias e a partir de chips instalados em seus cérebros alimentam o programa com base em informações guardadas e acumuladas no inconsciente coletivo. Essas informações são capturadas e traduzidas em ambientes, sensações e acontecimentos. Para eles esse mundo é real.
Como novo programador da Matrix, atente para importantes informações:
- Mantenha-os entretidos. Que tenham cada vez mais preocupação em acumular dinheiro e bens. Que o trabalho e o sucesso sejam cada vez mais valorizados. Porque assim a possibilidade de perceberem falhas no sistema diminuirá;
- Seduza-os por imagens, palavras e promessas, acreditando que o mundo real é o que vêem e não o que sentem. Projete ambientes espaçosos, construções grandiosas e imponentes, porque isso os impressiona. E impressionados, dificilmente perceberão que são prisioneiros. Que sejam escravos, e sintam-se felizes com isso;
- Se perceber que se rebelam, incuta o medo. Discursos religiosos, terrorismo, punição, culpa, isso os mantém sob controle;
- Trabalhe no campo das vaidades. Faça com que se sintam importantes, melhores uns que os outros, e valorize suas necessidades por reconhecimento. Que a busca pela felicidade seja a principal razão da existência deles;
Mantenha o controle! Você ainda vai receber outras instruções. Mas, por enquanto, fixe nessas. O programa está em suas mãos. E o domínio é todo seu!
Seja bem vindo a MATRIX..."

O conceito de Matrix, habita o inconsciente humano há muito tempo. Dos antigos filosofos, a cultura moderna, o homem busca evidências de que a vida é real. E se for tudo um sonho? Para cada povo, uma realidade. Cada cultura uma verdade. Existe a certa? A máquina Matrix tem sido dominada e você faz parte disso. Feche os olhos, não queira se distrair. O mundo real é diferente do que você vê. Ainda há tempo de se desconectar da Matrix. O mundo real vive dentro de você. O mundo real é você.
Você ainda duvida disso? Pense melhor...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Filosofia do Desapego

"Estou na lida, dando passos para trás, indo ao contrário do mundo, só pra tentar buscar quem sou eu realmente. Afinal, nadar contra o rio não quer dizer se rebelar contra ele, mas as vezes a gente apenas quer saber onde começa o rio. Só não posso me comprometer com o tempo; o que sei ao certo é que estarei no lugar certo quando chegar a hora exata de estar lá."
                                                                                   (Felipe Amorim)

Texto de João Carlos Graça sobre desapego. Esse texto é minha atual religião e objetivo de vida. Uma lição pra todos nós.
                                                             O exercício do desapego

Desapego não é deixar de amar com todas as nossas forças (...).Desapegar (...) é aprender aceitar as coisas e as pessoas como elas são (...).

1.0 Sobre o Apego
Na psicologia moderna, o termo apego possui um sentido positivo em determinadas circunstâncias. Por exemplo, pode se referir aos laços existentes entre uma criança e seus pais. Para os psicólogos, se uma criança não desenvolver um apego inicial aos pais, haverá dificuldades em seu desenvolvimento.

No entanto, durante a existência, parece que o ser humano desenvolve-se e permanece apegado a pessoas e coisas indefinidamente. Há aqueles que fazem disso o sentido de suas vidas.

Mas qual serão as reais possibilidades de cada ser? Será que foram exploradas, discutidas, desenvolvidas, para se acreditar que só se pode ser isso ou aquilo?...

Numa perspectiva crítico-reflexiva, pode-se entender o conceito apego como dependência. Durante parte da vida cada um de nós depende dos pais, só sobrevivemos no mundo por manter esse laço de dependência. Porém, em grande parte, esse laço de dependência em vez de ser afrouxado passa a ser reforçado pela educação familiar. Assim os membros do núcleo familiar reforçam a idéia que apego é sinônimo de amor.

2.0 Refém emocional
A dependência psicológica a seres e coisas é um dos mais sérios entraves ao desenvolvimento pessoal. Quase sempre - com honrosas exceções - o amor recebido e dado é seqüestrador, ou seja, fazem-se seqüestradores e reféns emocionais no âmbito das relações humanas.

Sempre que nos dedicamos a alguém esperamos algo em troca. Nossa ação possui uma expectativa de retorno, de vantagem de alguma coisa. Logo queremos fazer algo por alguém não por amor, um ato de generosidade, mas pelo sentido de que teremos algum tipo de compensação; fazendo do outro um ser cativo, subordinado as injunções de nosso pequeno egoísmo, transformando-o assim em refém emocional.

Às vezes esse processo é inconsciente, é culturalmente tão normal que não percebemos. Acreditamos que por amarmos os outros eles devem corresponder às nossas expectativas e pronto.

Todos nós nos relacionamos com o objetivo único de permuta, isto é, de troca. Somos seres gregários, temos necessidade do grupo, mas também temos necessidade mais particularmente um do outro.

É claro que se trato bem a uma pessoa, se busco respeita-la etc, desejo o básico para que essa relação continue. Ofertamos, mas queremos também receber para dar continuidade à relação.

A questão é que muitos de nós esperamos demais. Às vezes fazemos muito e esperamos muito dos outros, mas nos esquecemos de perguntar se a pessoa quer receber ou não, ou se possui capacidade para devolver no mesmo patamar que ofertamos. Em outras situações ofertamos muito pouco e nos achamos credores das demais pessoas, nos julgamos tão bons que o pouco que fazemos nos parece muito. Há ainda outra situação, da carência... O indivíduo possui questões a resolver em sua estrutura interior e busca nos outros a solução de seus problemas para seu vazio, sua carência estrutural.

Em qualquer uma dessas manifestações há a falta de si mesmo interiormente, o indivíduo encontra-se divorciado de si próprio. O ser sente a falta de si mesmo, de compreender parte de sua história, de sua interpretação da vida, como não consegue atingir a compreensão dos atuais paradigmas transfere essa busca para outro ser ou alguma coisa no afã de saciar sua carência, a ausência de si mesmo.

3.0 Sobre Desapego
Desapego não é deixar de amar com todas as nossas forças alguém, ou deixar algo que nos é muito essencial. Desapegar é aprender a ser livre, a não ser controlados por nossas paixões (apegos) e desejos insaciáveis, é aprender aceitar as coisas e as pessoas como elas são sem querer que elas se subordinem ao nosso jeito de ser.

O desapego também é um exercício de aprender a ser livre e, consequentemente, estender essa liberdade alforriando emocionalmente o próximo. Ele nos ensina a respeitar mais o espaço psicológico dos nossos semelhantes, entendendo-os como particularidades diferentes, como histórias e interpretações de vida diferentes das nossas.

Ninguém é obrigado a nos amar e corresponder na mesma medida. Mesmo porque cada um possui uma forma de viver e encarar a vida, isto é, de amar, viver e ser feliz. Por mais que as vivências sejam diferentes, podemos encontrar pontos de interseção para nos relacionar, aprender e enriquecer nossas vidas. É assim que aprendemos a gostar e interagir com a diferença. É assim que vencemos nossos preconceitos e prevenções em relação aos outros e seus gostos.

Em certo sentido, desapegar significa deixar de controlar, de querer ter posse sobre alguma coisa ou alguém.

Parte do sofrimento humano é oriundo do apego, da dependência e da possessividade que alimentamos em relação a pessoas, coisas e situações. Quando aprendemos de forma sadia a não esperar tanto do outro, a aceitar as circunstancias e pessoas como elas são, sofremos menos.

4.0 Metáfora do urso faminto (ou como o apego nos faz sofrer sem perceber)
Certa vez um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira ardendo em brasas e dela tirou uma panela de comida, abraçou-a com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da panela: ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação. Então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.

Começou a urrar alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele a apertava e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores voltaram, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a panela. O urso tinha tantas queimaduras pelo corpo que a panela colou nele. E, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em nossas vidas, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai nos dar condições de prosseguir. Tenhamos a coragem e a visão que o urso não teve. Tiremos do nosso caminho tudo aquilo que faz nosso coração arder.

5.0 Considerações
Quanto mais valor damos a uma coisa mais sentimos sua perda.

Pelo pouco que já conheci do sentimento Amor reflexiono que ele nos dá serenidade para avaliar situações e pessoas à luz da razão e discernimento. Aprendemos a ser mais justos e imparciais compartilhando os frutos daquilo que experimentamos com nosso próximo.

Entendo o amor em vários sentidos: o amor de pai, mãe, filho, irmãos, erótico (afetivo-sexual), de amigos, altruísta, espiritual, estético, artístico, cientifico, filosófico, por si próprio.

Cada um vive o amor tal qual como concebe, imagina e interpreta-o. Não existe uma única forma de amar.

De certa maneira todos buscam amar - em muitos sentidos. Mas não fomos educados para tal. Fomos educados, pelo exemplo, a amar com apego, fazendo reféns emocionais para nos sentir seguros da presença e do carinho do outro.

É preciso estar consciente de tal armadilha emocional que nos escraviza ao medo e insegurança, roubando-nos da coragem de poder ser quem nós somos plenamente, sem medo de não sermos amados ou bem quistos.

Roubamos-nos de nós mesmos e vivemos a procura de nosso ser no outro, no mundo. Ninguém poderá me devolver a mim mesmo a não ser eu próprio.

Com certeza é a partir do outro que me faço gente, que sou ser no mundo. O outro é minha referência, é a partir dele que continuo a expressar o meu ser. No entanto, meu ser não está no outro, está em mim, é minha historicidade, são minhas escolhas, é a interpretação (sentido) que dei a vida a partir do mundo... do outro.

A partir daquilo que se é, torna-se mister buscar novos sentidos para ser. Para desvelar o que está impedido pela limitação, pelo medo de ousar a se descobrir.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

E se eu te perguntasse?

E se eu dissesse pra você que tudo que vc vê agora não passa da realização dos seus projetos do passado? E se, mais que isso, eles estivessem confeccionando o degrau do seu futuro? Você me diria que isso é uma constatação obvia e imbecil, já dita por muitos? E se eu te perguntasse, já que tudo é tão notável quanto você pensa, porque as pessoas não constroem melhores futuros e trilham melhores caminhos para depois não precisarem ficar se lamentando ou se justificando? Você, desta vez, teria algo mais a me dizer ou me contradizer para justificar ainda mais porque você mesmo ainda não fez isso então? Mas e se eu te dissesse que a realidade que você vive agora é uma experiência criada baseada nas suas crenças, limitações e preconceitos adquiridos até este exato momento da vida? E se eu te dissesse que tudo poderia ter sido diferente se você tivesse visto outras coisas ao longo da vida? E se eu te dissesse que tudo seria totalmente diferente se você tivesse tido outras escolhas? Você me diria que eu estou sendo redundante e que estas e outras coisas idiotas são vã fiosofia de quem nada tem mais a pensar e a fazer? Mas e se eu te perguntasse porque, então, porque quase nunca consegue provocar grandes mudanças na própria vida quando se trata de coisas realmente importantes? E se eu te perguntasse se você já tirou um minuto que seja do seu precioso tempo pra pensar nessas coisas tão banais e paradoxais nas nossas vidas e, ao mesmo tempo tão importantes? Você mentiria para mim disfarçado de um "não" ou conseguiria dizer a verdade do "sim", se rendendo ao incontrolável disparo do ser humano em busca do sentido da própria existência? E se mais, eu te perguntasse porque então nunca fez, ou nunca quis fazer, ou nunca conseguiu fazer nada a respeito disso tudo? Você mentiria para mim disfarçado de um "sim", eu já fiz algo, ou conseguiria dizer a verdade do "não", e não tenho explicações dos porques? Você já pensou nisso? E se eu te perguntasse novamente tudo isso, conseguiria me responder desta vez?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sessão Rock...

Fiz uma seleção de músicas que gosto. Vou postar aqui. Essas músicas são ancoras minhas (quem sabe o que são ancoras vai entender) que levo a todos os lugares e escuto todos os dias.
Se alguém quiser me experimentar, façam vezes do que sou. Um insano que camufla a loucura no quebra-cabeça dos dias intermináveis. E pasmo descobri a peça que faltava no quebra-cabeça da minha cabeça quebrada e oca. Salvo guardo o direito de ser um pouco de tudo que ninguém entende só pra entender de tudo um pouco que todo mundo quer saber. Agora eu sou quase tudo que esperavam de mim, mas muito menos que eu mesmo espero. E na explosão da maluquice que dita as regras de um caminho sem limites; sem fronteiras. Eu sou quase nada que todo mundo almeja parecer e mesmo assim aceito obrigatoriamente por todos que não me conhecem. O riso incontido da catarse absoluta do ser doido e invariavelmente impulsivo que minh'alma lança neste ridículo e desgraçado mundo que chamamos de lar. Um delgado passo rumo ao horizonte de incertezas de um ufano, intrépido e massivo irracional. Eu sou movido pelo pulso da epinefrina em minhas veias, que descola tudo que ainda tinha vínculo com o real. E que passa... passa. Mais verdadeiro e exato do que nunca... Mais direto e honesto do que nunca... Mais livre e feliz do que nunca... E o problema não é você, sou eu. Porque não era pra entender mesmo: não se preocupe!

Pink - Aerosmith
Bullets in the gun - Toby Keith
Play something country - Brooks and Dunn
I don't wanna miss a thing - Aerosmith
Amazing - Aerosmith
Jaded - Aerosmith
Lay it down - Aerosmith
Still Unbroken - Lynyrd Skynyrd
Friends in low places - Garth Brooks
Life is a highway - Chris LeDoux
Who's your daddy - Toby Keith

sábado, 16 de julho de 2011

E você? E o vulcão?

O que eu quero mesmo é fugir pra longe. Sem rumo, sem medo, sem calma, sem nada. Sem explicação, porque eu não posso te dizer a razão de ter um vulcão dentro de mim.
É claro que corremos os riscos. Eu corro, você corre o risco de se queimar. A possibilidade existe. Por isso eu te pergunto: "- Você é daquelas pessoas que se arriscariam a algumas queimaduras para poder ter a vista que o vulcão oferece do seu cume?" "- Ou você prefere a calmaria e a segurança de viver na base do vulcão e sobreviver de sua fuligem?"
Eu não sei, você não sabe. Na verdade ninguém sabe, mas um dia eu vou explodir. Por mais manso que eu tenha me tornado ao longo dos anos, no meu interior a lava ainda queima.
Um dia eu vou explodir. E você? Você será a poeira cintilante que vai ser lançada ao céu e voará com o vento ao redor do mundo? Ou o magma que desce devagar e endurece lá embaixo, pra ficar por toda a eternidade parado no mesmo lugar?
Eu quero mesmo é gritar até me emudecer! E chorar até não ter mais lágrimas! E ver verdades até que eu me cegue! E musicar o mundo até que, enfim, eu consiga me ensurdecer!
E um dia eu vou morrer e quero ser lançado no mar ou no espaço, numa queda infinita, pra que eu, mesmo após o fim de tudo, possa ficar em movimento, mudando a cada segundo e a cada centímetro, mas mudando alguma coisa por toda a eternidade.
E um dia alguém vai lembrar de mim e dizer que fui um louco que nunca conseguiu explicar minha loucura pra ninguém, porque nem eu mesmo a entendi. Nesse dia alguém terá entendido o sentido da minha vida, e eu poderei, enfim, descançar em paz!
E você? Essa será você?

Felipe Amorim - julho/2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

As três grandes mentiras!

Uma das maiores razões pelas quais somos tão confusos são as escolas em que fomos educados!  As três grandes mentiras consistem em: primeira, é melhor dizer sei do que dizer não sei!; mentira número dois, é melhor responder a uma pergunta do que formular uma pergunta.; mentira número três, é é melhor adotar o ideal do sucesso do que compreender a natureza do fracasso.
Essas três mentiras semearam confusão na nossa sociedade, e é ao superá-las, uma por vez, ou duas, ou três que você vai conseguir algum trabalho criativo. Por exemplo: se eu peço para você explicar alguma coisa e você a explica, você não terá aprendido nada, só respondeu a pergunta. Eu aprendi alguma coisa. Afinal, fiz uma pergunta. A maneira fundamental de aprender é fazendo perguntas, não respondendo-as. No entanto, na escola todo mundo quer levantar a mão para responder perguntas, e ganha-se pontos quando se responde. Não querem que você diga: "- Não sei!"
No mundo dos negócios, mais ainda, a maioria das pessoas acha que sofreria consequências negativas se numa reunião disesse: "- Não sei" ou "não entendi o que você quis dizer." Então ficamos todos sentados repetindo: "- Sei, sei!" Quando na verdade não sabemos nada. Lembre-se que o sucesso acontece para quem não tem medo de dizer que não sabe. E, por isso mesmo, faz perguntas. E você está só perguntando ou respondendo perguntas?
Pense nisso!
Acreditar na sua família. Depois de uma dia cheio de trabalhos e atividades onde é que fica aquele ninho, o aconchego do lar, onde você vai repor as energias para renovar tudo amanhã. Chama-se família! É ali que depositamos todas as nossas emoções. É ali que somos o que somos! Sem grife, sem fachada, somos verdadeiros. Lembre-se: um filho nunca é velho demais para beijar um pai. A dor de uma saudade é amenizada, mas a dor do remorso é para sempre. Se você ainda tem sua família inteira, completa, viva, beije-os. Vai fazer um bem enorme para eles. Muito mais para você. Acreditar na sua família é estar subindo um segundo degrau rumo a felicidade completa e ao seu êxito como pessoa humana!
Pense nisso!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aos Padrinhos...

Texto que escrevi de presente aos padrinhos no suposto (hehehe) batizado da minha filha...

Madrinha, nos primórdios da religião, queria dizer “a mãezinha responsável pelo desenvolvimento espiritual”, ou seja, era dela a tarefa de encaminhar a criança para o caminho da fé e do transcendental.
Por isso madrinha, venho pedir-te alguns favores. Ensina-me aquilo tudo que puder, mas especialmente:

Ensina-me as faculdades. Não aquelas do diploma e do papel. Ensina-me a faculdade de pensar, refletir e raciocinar sobre minha existência, de aprender a aprender aquilo tudo que eu puder e de decidir sobre minha vida com maestria e sabedoria. Ensina-me a faculdade do saber.

Ensina-me a disciplina e a paciência. A disciplina que me leva adiante com os meus objetivos e a paciência para vê-los sendo alcançados por mim; uma inteligente paciência e uma paciente inteligência. Ensina-me, por conseqüência, a habilidade de gerar aquilo que desejo; o que defino como PODER. Ensina-me também a capacidade de conquistar estes desejos; o que por definição trato como SUCESSO.

Ensina-me a arte de amar. Ensina-me a desenvolver meu amor a suficiente grau que eu possa incluir muitas pessoas em minha vida, para que me acrescentem. Mas que esse amor seja também por mim mesmo tão verdadeiro e honesto, que me dê o direito de excluir algumas delas. Porém, ensina-me a ser eternamente responsável por quem houver de cativar. E que nunca me esqueça que devo, racionalmente e responsavelmente, mas nunca incondicionalmente, perdoar.

Ensina-me a ser íntegra. Ajuda-me a eliminar crenças e preconceitos que me limitem e que limitem minha prosperidade, mas ensina-me a ser suficientemente íntegra a ponto de ser eu mesma (a mesma pessoa) por toda a minha vida. Além disso, ensina-me a ser capaz, e tão capaz em tudo que eu fizer, que isso me dê o direito de ser honesta.

Ensina-me a ser grata pela vida e, claro, por Deus. Ensina-me Deus não como todo mundo espera de nós, mas como eu o sentir presente e vivo em minh’alma e em meu coração. Ensina-me inclusive a questioná-lo, tornando assim minha fé ainda mais viva e forte, porque daí então estarei tão certa da verdade de Deus que isso suportará quaisquer dos meus questionamentos.

Ensina-me a ser coerente.  Mostre-me como é ser coerente entre aquilo que penso, aquilo que digo e aquilo que faço, para que eu possa um dia ser exemplo de vida; como hoje tu és para mim. Mas, principalmente, que eu possa ter a mente calma, quando é justo a coerência a responsável por aquietar a mente humana.

Ensina-me a solitude. Diferente de solidão. Ensina-me a solitude como a arte de estar em contato comigo mesma e com meu íntimo, meus pensamentos e devaneios, para que eu me conheça tão bem e profundamente a ponto de me amar incondicional e verdadeiramente.

Ensina-me a ter comigo mesma um compromisso  inabalável de ser feliz. Ensina-me a nunca lançar minha vida e minha felicidade ao destino ou colocá-las nas mãos de alguém. Ensina-me a tornar-me responsável, eu mesma, pela minha felicidade.

Ensina-me a viver sonhando, como a única coisa que move verdadeiramente o ser humano. E mais, ensina-me a, sob hipótese alguma, desistir daquilo que sonhei. Ensina-me isso tão bem a ponto de ter o dever de sonhar e modificar esses sonhos sempre que eu desejar; ensina-me a ser flexível comigo mesma o suficiente para me aceitar incondicionalmente, até que as mudanças sejam feitas.

Madrinha, por fim, te faço dois últimos pedidos: ensina-me que, em qualquer lugar a qualquer tempo as pessoas sempre serão muito mais importantes que as coisas. E ensina-me que daqui por diante, aconteça o que acontecer, uma coisa eu sempre deverei ter em minha mente; a consciência exata de que eu nunca vou me abandonar!

Espero assim, Madrinha, que ao fim da vida eu possa olhar para o lado e estar cercado apenas daquilo e daqueles que me interessam, e que eu consiga achar aquela pequena porção de paz que todos procuram, mas poucos conseguem encontrar chamada FELICIDADE!

                                               Obrigado por fazer parte disso tudo Madrinha, eu amo você,
Gabriela.

terça-feira, 28 de junho de 2011

VIDA, BELA VIDA...

Intenções, orações, aflições, vamos repartir
Pensando bem, quantos sonhos deixamos pra trás
Outros porém, nós tornamos reais
Vida bela linda vida, só quero viver
Muito tempo ainda, junto com você
Deve existir, um motivo pra continuar
Aonde ir, ou pra onde voltar,
Indecisões, com o tempo só vem aumentar
As desilusões, sempre tão fatais
Nossos corações, quando podem ser felizes batem muito mais
Vida bela linda vida, só quero viver
Muito tempo ainda junto com você
Vida bela linda vida
Por que não viver
Muito tempo ainda junto com você
Junto com você

(Almir Sater)

A genialidade de um suposto louco

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...                                                         (Bob Marley)

Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Por que a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.
                                                                                                 (Bob Marley)

Nos chamam de loucos num mundo onde os normais fazem bombas.
                                                            (Bob Marley)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PARADOXO DÓI

Na minha infinita imperfeição e sublime pequenez, ainda não consigo admitir...

que a mesma mão usada para afagar um filho possa empunhar uma arma e barrar a existência de um irmão;

que a mesma boca que declara a paixão possa destruir a esperança daqueles que, muitas vezes, mais amamos;

que os mesmos olhos que contemplam as maravilhas do universo estejam sempre fechados aos que, realmente, precisam ser vistos;

que os mesmos ouvidos que agraciam uma suave sinfonia possam olvidar aqueles que bradam por socorro;

que a mesma mente que descobre o átomo nunca tenha pensado em como encobrir a miséria e destruir as diferenças;

que o mesmo coração que grita o amor possa se calar em ódio e vingança, fazendo do ser reduto de rancor e mágoa e trilho contrário a ordem natural de todas as coisas.

Dói... é claro que dói! Porque, como já dizia o menestrel: ‘Paradoxo dói...’

E no meu planeta, eu sentei e chorei, por sentir quão longe estamos de tudo aquilo que seria necessário para que fossemos dignos de existir; para que fossemos dignos do dom que recebemos: a vida!


Felipe Amorim - abril/2008

quinta-feira, 16 de junho de 2011

? (INDEFINIDO)

Onde é que a gente errou quando deu o primeiro passo?
Onde é que a gente tava quando não viu quem caiu?
Onde é que a gente ficou quando tudo tava raso?
Onde é que a gente foi quando todo mundo partiu?

Quando é que a gente riu quando todo mundo chorava?
Quando é que a gente chorou quando todo mundo mentiu?
Quando é que a gente calou quando todo mundo falava?
Quando é que a gente falou quando todo mundo argüiu?

Quem é que a gente não foi quando todo mundo mudava?
Quem é que a gente era quando toda a tormenta passou?
Quem é que a gente não viu quando o mundo inteiro gritava?
Quem é que a gente chamava quando o mundo inteiro parou?

Como é que a gente andou quando o mundo todo mancava?
Como é que a gente ouviu quando ninguém jamais clamou?
Como é que a gente notou quando ninguém mais se mostrava?
Como é que a gente baniu quando o mundo inteiro afagou?

Felipe Amorim - Junho/2008

segunda-feira, 13 de junho de 2011

AQUELE CARA QUE EU SOU...

Eu sou aquele cara, que passou anos a fio procurando uma resposta que se escondia nas perguntas que eu mesmo me fazia;
Eu sou aquele homem, que pediu uma medalha pela caça da fera e recebeu uma migalha pela captura da flor;
Eu sou aquela mulher, que, inspirada na mãe, encontrou o amor no filho, que, inspirado no pai, encontrou o amor nas mãos, que, inspiradas em Deus, encontraram o amor no mundo;
Eu sou aquela criança, que sem saber aonde iria foi pra onde queria, e sem saber se queria voltou de onde partia, e sem saber que podia, foi lá e fez de um sonho o contorno da vida;
Eu sou aquela fera que foi caçada no passado, correndo do futuro incerto, pra ressurgir num presente intrépido e rir pra tudo que passou;
Eu sou aquela flor plantada na pedra, que deu apenas uma pétala, porque não foi regada com o esmero do colibri; mas descobriu tarde demais que não existe adubo melhor que um perfume de flor;
Eu sou aquele ser, que achava que ser único era ser legal, vendo que ser sozinho não o faz especial; que pra ser bom tem que ser uno, como o universo que é só ele e tantos outros, e por isso é infinito;
Eu sou aquele cara, que passou anos a fio procurando uma pergunta que se encontrava nas respostas que eu mesmo já sabia que tinha;
Eu sou aquele nômade, que viajou o mundo inteiro nos olhos do falcão, usando seu próprio lombo, e acordou na própria cama de um mundo real e ufano, que nunca foi além da própria janela;
Eu sou aquele alquimista, que descobriu que com as asas da alma podia-se romper as amarras do pensamento, e em forma de luz a janela já não segurava mais; e daí sim girou mundo;
Eu sou aquele peregrino, que se tornou dançarino da valsa que a vida conduziu, num salão onde a platéia era todos aqueles... aqueles todos de antes;
Eu sou aquele fraco, que nunca pensou no futuro, e amou o passado, se esquecendo de viver o presente; e perdeu todo o tempo que tinha pra fazer alguma coisa legal;
Eu sou aquele, que nem mesmo eu conheço bem, mas que sem saber como, mudou seu passado; e sem saber porque, transformará o futuro; feliz por descobrir o presente, como ele mesmo se diz;
Eu sou aquele, que gritou quando todo mundo calou, e chorou quando todos riram; que amou nem sempre como todo mundo, mas amou todo mundo como se sempre estivessem ali;
Eu sou aquele, que pediu socorro e recebeu uma cruz; e ficou feliz porque na cruz vinha escrito que bastava ser aquele que pediu socorro;
Eu sou aquele cara, que sendo só isso tem consciência limpa de não ser aquilo tudo que ainda não dá pra ser, e mente aberta pra fechar os olhos e deixar a musica tocar, até o fim... sem dúvida e sem medo.

Felipe Amorim - abril/2008

sexta-feira, 10 de junho de 2011

SEM FIM

As grandes mentes pensam por quase um segundo e contam histórias de um mundo que a gente nem viu...

E sonham amores, e apaixonam-se por sonhos; descrevem melodias, e cantam poemas; e lá fora é só frio...

E não tem métrica, e não tem rima; mas tem musical e trilha, com amor na janela e filha; que a gente sabia, mas nem riu...

Mas tem poesia e brilho; tem vida, mas não tem sentido; porque sentido real é pensamento irreal do futuro; só hoje é seguro, porque quem sabe o amanhã é escuro e escarra na cara de quem nunca partiu...

E tem rosa no jardim, e rouxinol no galho; e canção sem fim; mas tem gente afim; e o filme no fim, acabou; e a gente nem saiu...

(Felipe Amorim - abril/2008)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O novo amanhece...

Caros amigos, leitores, futuros seguidores (ou não). O que verão por aqui a partir desses dias e em diante é, nada mais, que um desabafo da alma. Inspirado numa nova amiga que disse que escrever talvez seja a melhor das terapias (minhas sinceras gratidões a Daisy). Talvez seja pelo desabafo dos devaneios, talvez pela liberdade maquiada ausente na vida real, talvez seja pela experiência de começar a ver as coisas sobre outra perspectiva: em terceira dimensão, ou seja, a própria perspectiva em terceira pessoa. Eu não sei! Mas estou realmente curioso... Toda obra que daqui fará parte por vezes será textos meus, outras vezes não, mas em tudo existirá sempre uma intenção coerente de gritar ao universo o que quer que a vontade me diga pra gritar. Com isso deixo livre e disponível todos os textos, assinados por mim é claro, para ser utilizado por qualquer pessoa e em qualquer situação, sem pedido prévio de autorização da minha parte e sem nenhum custo. Faço isso porque, mesmo que assinado por mim, eu nunca poderia dizer que são meus, por três razões: primeiro eu percebi que ao longo da vida eu acabei me tornando um mosaico de sensações e experiências de várias pessoas e várias situações, portanto o que eu escrever é de autoria de tudo isso e de todos esses, é de autoria da vida; segundo, como dizia o Tao de Lao Tsé, alguém se torna sábio quando pratica a obra mas não se apega a ela e por nunca se apegar também nunca será abandonado, portanto estou praticando o desapego; terceiro tenho um pacto com um velho amigo cujo o nome eu nunca soube (também nunca me importei de não saber, pois não era o mais importante), mas que se apresentou a mim como Le Petit Prince que me disse pra deixar livre tudo que possuir e com isso prometi a ele que nunca, mas nunca mesmo, me tornaria um adulto chato. Também, antecipadamente, peço minhas desculpas aos negativistas de plantão por possíveis erros ortográficos que existirão com certeza. De fato os leitores mais negativos sempre verão os erros, mas nunca perceberão as mensagens por detrás deles, e como me mostrou o Pequeno Prícinpe o seu desenho da cobra que havia engolido o elefante e ele ficou triste porque os adultos só conseguiram enxergar um chapéu. Enquanto isso, do outro lado do mundo estarão os positivistas, que acharão muitas mensagens num só texto (algumas que realmente nem existem) e nunca verão que os erros estão lá eu eu ainda não consegui fazer nada para corrigí-los. E daí no meio de toda essa tormenta existirão alguns sábios, aqueles nem positivos e nem negativos, aqueles a quem a vida ensinou a observar sem julgar, esses verão os erros mas saberão que faz parte do processo, também verão a mensagem por detrás, mas saberão que nada mais é que a mensagem, nem mais importante que qualquer outra nem menos importante que todas as outras. A esses o mundo de fato presenteou com a vida. Conheci poucos sábios ao longo da vida, talvez uns dois ou três como o Pequeno Principe por exemplo, mas já sei para onde quero caminhar. Enfim, talvez vocês gostem muito das leituras, talvez gostem menos, talvez vocês se conectem com elas de uma forma assustadora, talvez se conectem menos, talvez elas sirvam a vocês como motivação ou acordamento de um modo nunca antes experimentado, talvez sirvam menos, eu não sei, mas eu estou realmente curioso pra ver o que acontecerá, pois eu não sei, mas eu sei que você sabe o que fará com tudo isso para que te sirva para o seu melhor bem!
E o novo amanhece... e o fará todo dia, estando a gente aqui ou não...
essa é a BELEZA DA VIDA: ela NUNCA PÁRA por NENHUM MOTIVO!
Um forte abraço a todos e até os próximos dias.